Nos nossos dias atuais, com a vida corrida, cheio de compromissos e afazeres, é comum que alguns bons hábitos (e essenciais) sejam deixados para segundo plano ou até esquecidos. Entre eles está a qualidade do sono, que segundo as diretrizes da Associação Brasileira do Sono, um adulto deve dormir pelo menos 7 a 8 horas por dia, para que diversas funções do organismo não sejam prejudicadas.
O famoso The American Journal of Clinical Nutrition da Oxford Academic, trouxe em um artigo diversas informações médicas que relaciona os distúrbios do sono e a obesidade. Esse estudo traz quase 120 mil voluntários na faixa etária de 37 a 73 anos, com informações sobre o índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, cotidiano e a genética de cada um deles, individualmente analisados por profissionais.
Com as análises das informações levantadas, foi constatado que, aqueles que não conseguiam dormir por mais de 7 a 8 horas diárias, portavam um DNA com uma maior propensão a obesidade, em média, dois quilos mais do que os outros participantes que seguiam a recomendação dos especialistas do sono.
Ainda, a pesquisa sobre distúrbios do sono e a obesidade concluiu que, as pessoas que dormiam acima de 9 horas por noite tinham um peso ainda maior: quatro quilos a mais do que os outros participantes. Mas não para por aí, até quem costumava somente cochilar durante o dia ou trabalhava em turnos alternados, ou seja, sempre em horários diferentes, foi considerado mais propenso a ser obeso.
Como o sono de má qualidade pode causar obesidade
O costume de dormir por menos tempo do que o habitual tem se tornado cada vez mais endêmica. A ABE&M, órgão oficial de divulgação científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, analisou o papel do sono e a sua função no desencadeamento da obesidade, se tornando fonte de estudos que, indicam uma maior possibilidade de sobrepeso em indivíduos que dormem menos que o recomendado.
Para um adulto, dormir menos do que sete horas por dia pode modificar o padrão endócrino que sinaliza a fome e a saciedade, alterando dessa forma as escolhas alimentares daquela pessoa. Isso acontece devido ao encurtamento do sono, em razão da grelina e leptina, gerando o aumento do apetite e uma necessidade maior da ingestão de comidas calóricas.
A leptina é um mediador e regulador energético que reduz o desejo de ingerir alimentos e induz a perda de peso.
Já a grelina é um hormônio de ação rápida que tem como principal função estimular a sensação de fome.
Modificações bruscas no padrão de sono ou mesmo o hábito de dormir pouco podem levar a desajustes na produção destes hormônios que induzem o aparecimento da obesidade. Dessa forma, um padrão adequado de sono torna-se fundamental para o controle da obesidade, devendo ser incentivado pelos profissionais da saúde.
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Como a obesidade pode influenciar no distúrbio do sono
Vamos falar do reverso agora, afinal, é comum que algumas pessoas com um nível de sobrepeso, seja ele moderado ou grave, possuem certa dificuldade para dormir ou não se sentem muito confortáveis à noite. Muitas vezes, a causa da insônia, falta de descanso adequado e má qualidade do sono devido ao sobrepeso pode passar despercebido pelo indivíduo, gerando consequências nocivas à sua saúde.
Os dois problemas mais frequentes apresentados no distúrbio do sono por causa da obesidade são o ronco e a apneia do sono. Veja bem, quando uma pessoa engorda, ela acumula tecido adiposo na região do pescoço, e essa massa extra pressiona as vias respiratórias, estreitamento da passagem do ar, deixando as vias respiratórias menores.
Apesar do espaço de passagem do ar ser menor, roncar não indica que a pessoa tem um problema de saúde, segundo o médico Arthur Castilho, otorrinolaringologista do Hospital Bandeirantes, “a pessoa só deve ficar preocupada quando o ronco vem acompanhado de fragmentação do sono e da apneia do sono”.
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono ocorre quando as vias respiratórias ficam completamente fechadas. Com isso, a pessoa fica sem respirar por alguns segundos.
Segundo a médica especialista em sono e otorrinolaringologista Fernanda Haddad, a gordura acumulada no pescoço é a causadora de tais problemas. A relação entre obesidade e problemas do sono é maior nos homens porque eles têm uma propensão maior a engordar na região cervical.
Ainda, os problemas que a obesidade pode causar podem também afetar as pessoas que não estão com sobrepeso. Elas podem apresentar um aumento de peso devido ao ronco e à apneia do sono.
O estresse e a ansiedade, duas causas conhecidas de obesidade, também têm relação com o sono. Quando a noite não é bem-dormida, os indivíduos ficam mais ansiosos e apresentam nervosismo acima de seus padrões normais.
Diante desses problemas físico-psicológicos, escolhem por ingerir alimentos demais e que sejam extremamente calóricos.
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